quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Ás vezes eu paro e penso na infância que eu tive... Nas brincadeiras gostosas, nas altas horas da noite brincando de qualquer coisa na rua, brincando de ser feliz sendo feliz de verdade. Penso nas histórias boas que eu mesma criei, nas histórias das quais eu participei. E, se há 8 anos atrás eu soubesse que todo o meu castelo de cristal se quebraria, acho que o teria cuidado melhor, acho que o teria protegido suficiente pra que nunca fosse quebrado.
 Eu penso nas crianças de hoje que nunca vão saber qual é a emoção de ser a "mamãe da rua" ou de ser café com leite no pique-esconde. Penso nas crianças que sabem tudo sobre as tecnologias do momento, mas nunca saberão o que era um Tamagochi... Bons tempos em que aquele bichinho virtual era a única coisa que eu tinha pra cuidar, bons tempos... Hoje tudo se resume á aparelhos eletrônicos, suas funcionalidades e facilidades. Não se tira mais fotos pra guardar de recordação, hoje capturam momentos pra colocar no facebook pra que todos vejam como são populares, e popularidade não tem nada a ver com amigos de verdade. Quantos amigos de infância eu já nem vejo? Quantos seguiram caminhos tão diferentes que eu nem reconheço? E eu achei que a infância duraria pra sempre... 
E eu que achava que ser gente grande se resumia a usar salto alto e se borrar toda de maquiagem.. E eu achava que ser adulta era tão legal, que era primeira coisa que eu respondia quando me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse? E eu que, se soubesse que seria tão dificil, responderia que tudo que eu queria ser quando crescesse era uma eterna criança.


P.S: Esse post faz parte da blogagem coletiva do blog "Depois dos Quinze".

Nenhum comentário:

Postar um comentário